Hiperidrose é a doença caracterizada pelo suor excessivo nas axilas, palma das mãos, planta dos pés e nuca – e mais raramente na virilha, rosto e abdômen. Ela é causada pela hiperatividade do nervo simpático, que leva as mensagens do cérebro para as glândulas de suor, fazendo o corpo transpirar demais (mesmo em repouso e no frio). “É como se o nervo, por defeito genético, ficasse dando choque na glândula e estimulando-a a produzir mais suor”, explica o dermatologista Gilvan Alves. “Em cerca de 40% dos casos há um componente genético, que pode ser hereditário”, explica o cirurgião torácico Marlos Coelho, professor de cirurgia na PUC-PR. Segundo ele, o estresse é um gatilho mais forte para a hiperidrose do que as altas temperaturas. Existem ainda graus de sudorese, que vai do úmido ao encharcado, e “a doença pode piorar ao longo da vida, mas não há explicação do porquê de isso acontecer”, diz Gilvan.

Para tratar a hiperidrose, procure um dermatologista, que, segundo Gilvan, indicará três soluções possíveis:

Cremes à base de hidróxido de alumínio

“Em alta concentração (20%), ele quase desativa a glândula de suor.” O resultado, porém, não é definitivo.

Injeções de botox na região afetada

Custam caro, “de R$ 1.500 e R$ 2 mil por área, e precisam ser refeitas entre quatro e seis meses depois”, avisa Marlos.

Cirurgia

Há dois tipos. Ambos resolvem a maioria dos casos, mas são contraindicados para obesos, diabéticos e pessoas com insuficiência pulmonar e cardiovascular severas.

– Simpatectomia torácica por vídeo

Os gânglios do nervo simpático são definitivamente cortados. Dura cerca de meia hora e são feitos pequenos cortes entre os seios e as axilas que cicatrizam em poucos dias. Após a operação, é recomendado ficar em repouso por dois dias e outros 15 sem pegar peso ou fazer atividade física.

– Bloqueio simpático por vídeo

Clipes são colocados nos gânglios do nervo simpático e freiam a produção do suor. Por ser reversível, é a técnica mais usada. A duração, os cortes e a recuperação são idênticas à da simpatectomia.

Atenção!

Com o tal “fator compensatório”. Ele “transfere” o suor para outra parte do corpo, geralmente entre os seios e na região lombar. Segundo Marlos, a incidência da compensação varia “entre 54% a 70% numa forma discreta ou moderada, suportável, regredindo em seis meses. Porém, em 1% a 4% dos pacientes ela ocorre de maneira severa e considerada insuportável”. Ou seja, a sudorese costuma voltar de forma bem mais fraca que a original.

Fonte: mdemulher

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